Tema de redação: coronavírus e crise de saúde global

Assunto que causa preocupação no âmbito da saúde global, o coronavírus pode ser tema de redação ou questões em concursos.

É inegável. O tema do momento, no planeta inteiro, é o coronavírus. Não pense que você vai se livrar tão fácil desse assunto. Se você estiver estudando para um concurso, saiba que ele pode ser tema de redação ou cair em questões de atualidades, mesmo que não seja da área da saúde.

Por isso, além de te passar links de vídeos, reportagens e até podcasts sobre o coronavírus, o Concursos no Brasil vai te mostrar como esse tema pode afetar a sua prova. Então, vamos começar com aquele resumão sobre o coronavírus.

O que é o Coronavírus?

Coronavírus é, na verdade, um grupo de vírus respiratórios. O nome se deve a sua aparência, semelhante à de uma coroa. No caso desta nova pandemia, o nome oficial do micro-organismo é Sars-CoV-2 e a doença provocada por ele é a COVID-19. Porém, para facilitar o entendimento e por já ter sido difundido pela população, vamos usar o termo coronavírus.

Em dezembro de 2019, foram registrados os primeiros casos desse novo coronavírus na cidade de Wuhan, na China. Acredita-se que o vírus tenha se originado em um mercado local da cidade, onde existe um grande número de animais comercializados, parte deles de forma ilegal, o que favorece contaminações.

Como Wuhan é uma cidade muito grande, contando com cerca de 11 milhões de pessoas, o vírus logo se espalhou e começou a ser registrado em vários locais da China. Temendo uma grande epidemia, o governo local isolou a cidade e restringiu viagens pelo país.

Mesmo assim, o micro-organismo conseguiu atravessar as fronteiras chinesas, indo parar em vários cantos do continente asiático, atingindo países como a Coreia do Sul e o Japão. Além da doença, os japoneses ainda estão preocupados com a realização das Olimpíadas de 2020, evento que estava marcado para o mês de julho, em Tóquio. O governo teve que adiar o evento para 2021 e mesmo assim não tem certeza de sua realização.

Além das nações asiáticas, a doença logo se espalhou pela Europa fazendo um grande número de vítimas na Itália, Reino Unido e Espanha. Pouco tempo depois, chegou na América. Os Estados Unidos e o Brasil foram os países mais atingidos no continente. 

Uma das características deste coronavírus é o fato de ele se espalhar com facilidade e, muitas vezes, antes mesmo de o infectado começar a sentir sintomas. Para se ter ideia, seus efeitos podem ser sentidos em até duas semanas após a contaminação.

Os sintomas do coronavírus são bem parecidos com os de uma gripe. Porém, por ser mais agressivo, eles são um pouco mais fortes. Entre os sintomas estão a tosse seca, febre, falta de ar, dor de cabeça, falta de paladar e diarreia. Idosos, pessoas com problemas respiratórios ou que possuem outro tipo de comorbidade são as principais vítimas dessa nova doença. Ao mesmo tempo, isso não impediu que pessoas consideradas saudáveis também morressem vítimas da COVID-19.

Uma das maiores preocupações das autoridades governamentais e da OMS era a de que o coronavírus se transformasse em uma pandemia, algo que acabou ocorrendo.

O que é pandemia?

É possível identificar, em várias reportagens e vídeos sobre o coronavírus, a palavra pandemia e o temor que ela traz. Mas o que é pandemia? Qual a diferença de pandemia para epidemia ou surto? Afinal, por qual motivo o coronavírus é uma pandemia?

Primeiro vamos começar com a endemia. Endemia é quando uma determinada doença é típica de uma região definida. Por exemplo, a febre amarela é comum nas regiões norte e nordeste do Brasil. No entanto, vai ficando mais rara ao irmos em direção à região sul, que possui temperaturas mais amenas. Isso se deve ao fato de a doença ser típica de locais mais quentes e úmidos, propícios ao mosquito transmissor.

Como você pode perceber, o coronavírus não se enquadra dentro de uma endemia, pois se espalhou por vários lugares do mundo com características diferentes.

No início, acreditava-se que o coronavírus fosse um tipo de pneumonia. Só depois de exames mais profundos foi identificado que a ameaça era pior do que o imaginado. Os casos começaram a aumentar de uma vez, provocando o que é denominado surto. Ou seja, surto é o aumento repentino de casos de uma determinada doença. Foi quando estava no estágio de surto que a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o coronavírus.

Mesmo com o alerta e os cuidados do governo chinês, o vírus se espalhou pela cidade de Wuhan e outras regiões da China. Ao atingir vários lugares e uma grande quantidade de pessoas, a doença foi classificada inicialmente como uma epidemia. A cidade de Wuhan foi literalmente isolada do mundo, só poderia entrar ou sair quem tivesse autorização.

Para piorar, com o passar das semanas, casos começaram a ser registrados nos países vizinhos à China, na Europa, na África e na América. A epidemia se espalhou pelo globo em pouco tempo. Finalmente, no dia 11 de março de 2020, a OMS declarou pandemia de COVID-19, o que significa que a epidemia se espalhou por todos os continentes do planeta.

O Brasil é atualmente o segundo país com mais casos de coronavírus no mundo. São mais de 2,4 milhões de pessoas contaminadas e quase 90 mil mortes até o dia 28 de julho de 2020. Em primeiro lugar estão os Estados Unidos, com mais de 150 mil mortes e mais de 4,3 milhões de casos. No mundo, mais de 16,5 milhões de pessoas foram infectadas e cerca de 655 mil perderam suas vidas até o fechamento deste artigo.

Como o coronavírus pode ser cobrado em concursos?

O coronavírus pode ser cobrado de forma geral ou de forma específica durante um concurso. As bancas podem podem citar a pandemia e seus impactos e depois pedir uma análise dos candidatos, ou seja uma abordagem abrangente. Outras irão relacionar a atividade do profissional com a doença.

É indiscutível que o tema é um forte candidato a cair em provas de profissionais da área da saúde. Portanto, se por exemplo, você é candidato a Médico, Enfermeiro, Técnico em Enfermagem ou Agente Comunitário de Saúde é muito importante saber o que é o vírus, como ele se originou e se espalhou, as formas de tratamento, maneiras de se prevenir, pesquisas relacionadas à área e os impactos que a doença pode causar.

Outro ponto que pode cair é o processo de sua mutação, já que existem casos nos quais, por meio de sequenciamento genético, ficou identificado que o vírus se modificou. O vírus chinês não é o mesmo que infectou pessoas no Brasil, na Itália ou nos Estados Unidos. Portanto, a adaptação e a mutação são itens que devem aparecer nas provas daqui a algum tempo.

Além disso, temas relacionados a epidemias e pandemias, formas de se preparar para doenças respiratórias, como lidar com o público em geral, tratamento dos pacientes e os problemas psicológicos decorrentes da pandemia podem fazer parte de questões (discursivas ou objetivas) ou de uma redação.

E não pense que o tema pode ficar restrito somente a áreas da saúde. O coronavírus também pode ser um tema cobrado em redações ou questões relacionadas a fake news. Ou seja, se você é da área da comunicação, este tema é bastante relevante.

Por conta do estrago que a doença vem fazendo, muitas notícias falsas foram e vêm sendo produzidas. Parte delas acaba chegando a pessoas desinformadas sobre o que está acontecendo, prejudicando o trabalho das autoridades, além de, claro, colocar a saúde dos indivíduos em risco, pois não estarão com as informações verdadeiras. Se você é Jornalista, Publicitário, Relações Públicas ou formado em Comunicação Social, fique de olho no assunto.

A economia é outro setor muito impactado pela pandemia. O coronavírus fez com que fábricas e o comércio no Brasil e em outros países parassem ou reduzissem seu ritmo, deixando milhões de pessoas paradas e provocando prejuízos de bilhões de dólares, derrubando bolsas ao redor do mundo e fazendo países cortarem suas taxas de juros. Desta forma, os impactos do vírus podem servir para examinadores formularem questões de provas de Administradores, Economistas, entre outros.

Até mesmo se você for Engenheiro Civil, de certa forma, o tema pode ir ao seu encontro. Um exemplo seria relacionar a doença e as construções dos hospitais chineses feitas em poucos dias. Dentro disso, um dos aspectos abordados poderia ser o conhecimento em engenharia relacionado à preparação para desastres ou emergências.

Temas gerais de redação

Além das questões comuns, o tema pode ser cobrado durante uma redação. E é aí que muitos candidatos podem se complicar. Na hora de fazer uma redação sobre coronavírus, primeiro tenha em mente os princípios fundamentais do desenvolvimento de uma redação. Caso você tenha dificuldades sobre como elaborar uma redação comum, não se preocupe, pois o Concursos no Brasil tem uma matéria sobre como fazer uma redação nota 10!

Portanto, se esse é o seu caso, dê uma pausa aqui, leia o artigo e depois volte. Se você já sabe o básico sobre como fazer uma redação, vamos seguir em frente e falar sobre quais são os pontos principais que podem ser abordados para qualquer tipo de candidato.

Se você acompanha o noticiário sobre a pandemia provocada pelo novo coronavírus, deve ter notado que é uma situação bastante complexa e com diversos impactos na sociedade. Por isso, podem ser cobrados temas gerais como:

  • Origem do coronavírus, na China, em Wuhan;
  • Diferença entre endemia, epidemia e pandemia;
  • Eficácia do isolamento social;
  • Relação familiar durante a pandemia (como entreter crianças que não podem sair de casa, aumento de número de divórcios, pessoas que não se veem há meses, etc);
  • Home office (como o teletrabalho foi introduzido nas empresas por necessidade);
  • Debates entre saúde vs economia;
  • Educação a distância;
  • Aumento de desemprego;
  • Outros casos de doenças que tiveram repercussão global como a gripe espanhola, H1N1 e o HIV, todas provocadas por vírus;
  • Disputa entre os países por materiais e recursos para o combate ao vírus como ventiladores, EPI’s e demais equipamentos;
  • Corrida pela produção de uma vacina eficaz.

Modelo de redação sobre coronavírus

Agora que você já viu diversos temas de redação, que tal um pequeno exemplo de redação sobre o coronavírus? No nosso caso, imagine que foi proposta uma reflexão geral sobre os impactos econômicos provocados pela doença.

Como o texto tem um limite de linhas, não é possível entrar em detalhes. Entretanto, é preciso que haja uma introdução, um desenvolvimento das ideias e, no final, uma conclusão que seja coerente com o que foi apresentado. Confira:

A crise econômica global durante a pandemia

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já vitimou centenas de milhares de pessoas no planeta. Além de causar um colapso no sistema de saúde de vários países, um dos efeitos da doença foi uma crise econômica global que fez empresas fecharem, deixando milhões de trabalhadores formais ou informais desempregados e autônomos sem renda.

Para evitar que o vírus se espalhasse, contaminando mais pessoas e, consequentemente, sobrecarregando o sistema de saúde local, foi recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que houvesse um isolamento social.

Com isso, muitos países adotaram sistemas de quarentena flexível ou até mesmo de lockdown, no qual os cidadãos deveriam ficar em casa e só saírem de suas residências para realizar atividades fundamentais, como ir ao supermercado ou à farmácia.

Sendo assim, somente serviços considerados fundamentais podiam ser executados de forma presencial. Como a maior parte do comércio formal e informal e grande parte do setor industrial não possuíam ferramentas para aplicar o sistema de teletrabalho, as opções foram paralisar suas atividades ou reduzirem sua capacidade de produção e venda.

A situação fez com que menos riquezas fossem produzidas, o consumo caísse, a população em geral empobrecesse e, consequentemente, a economia entrasse em declínio. Os estados tiveram que entrar com medidas de incentivo e também com dinheiro para as empresas e para os cidadãos.

No Brasil, o governo federal instituiu medidas como o auxílio emergencial, o saque do FGTS e empréstimos às empresas. Porém, incentivos e benefícios provocam um grande aumento nos gastos do governo de qualquer país. Portanto, debates sobre até que ponto as medidas de contenção do vírus não eram prejudiciais à economia se tornaram comuns ao redor do mundo.

Alguns países optaram por relaxar as medidas para não prejudicar a economia, enquanto outros foram mais rigorosos. Alguns observaram um novo aumento no número de casos ao relaxar o isolamento social. Isso demonstra que o equilíbrio entre manter a economia aquecida e preservar vidas é muito delicado e complexo.

Mesmo as nações que tiveram menos casos da doença foram impactadas devido ao fato de que as nações são cada vez mais interdependentes. Uma crise em um país ou região pode impactar diversas nações ou até mesmo todo o planeta.

A expectativa é de que vacinas sejam disponibilizadas no final de 2020 ou começo de 2021 e que aos poucos haja uma volta da normalidade. Concomitantemente, governos ao redor do mundo procuram se planejar para fazer uma retomada segura das atividades econômicas para evitarem um novo fechamento forçado.

Portanto, os próximos anos serão fundamentais para que o ritmo econômico volte ao patamar pré-pandemia, as dívidas feitas pelos governos sejam pagas e que depois haja um crescimento próspero, gerando riquezas e diminuindo desigualdades socioeconômicas.

Materiais confiáveis sobre o coronavírus

Para ter propriedade sobre o assunto, em uma redação é preciso que você estude sobre o tema, certo?

Sendo assim, nós vamos deixar aqui materiais que utilizamos como fontes para esta matéria e outros que também podem te dar informações mais aprofundadas sobre o coronavírus. Vamos começar com as matérias de portais de notícia, jornais e revistas:

O G1 possui matérias e atualizações diárias a respeito da doença. A Super Interessante também fez uma matéria voltada ao público mais jovem. O Estadão trouxe uma reportagem sobre as fake news do coronavírus e como elas podem ser usadas em escolas. Ou seja, se crianças e adolescentes vão discutir sobre isso no colégio, imagina o interesse da banca organizadora do seu concurso?

Falando em fake news, o governo federal criou uma página só sobre esse tema. Lá é possível conferir todas as informações falsas que vêm circulando na internet sobre a doença. Vale a pena dar uma olhada.

Se você é uma pessoa que prefere ver vídeos, temos também sugestões de locais com informações confiáveis a respeito do que está acontecendo.

No canal do YouTube "Nerdologia", o biólogo e especialista em vírus Átila Iamarino fez um vídeo curtinho e bem explicativo a respeito do coronavírus, um pouco antes do primeiro caso ser registrado no Brasil. Em seu canal pessoal, há uma live, mais atual, na qual ele explica por mais de uma hora sobre o tema.

Um outro canal bem bacana e com uma pegada um pouco mais informal é o Nostalgia, apresentado por Felipe Castanhari.

E se você prefere um conteúdo propriamente jornalístico, há um vídeo da BBC News Brasil sobre o tema, respondendo 12 dúvidas comuns.

Se você não gosta muito de ler e por algum motivo não tem como ver os vídeos, que tal ouvir um podcast?

Nesse caso, recomendamos o episódio 24 do podcast Bem Estar, que faz parte do portal G1.

Para profissionais da saúde, há o PEBMED, que possui notícias e atualizações sobre o vírus, além de indicações de artigos e outras fontes científicas.

Além disso, aqui vão algumas recomendações de materiais do governo. No caso, seria interessante você olhar o site do Ministério da Saúde e a matéria oficial sobre o coronavírus publicada por lá. Além de tudo isso, ainda tem o endereço eletrônico da OMS (em inglês) que traz atualizações de todo o planeta.

É claro que existem várias outras fontes confiáveis sobre o assunto, porém é muito importante saber como pesquisar, pois, como citamos anteriormente, existe uma grande difusão de notícias falsas, principalmente em redes sociais. Portanto, procure ler matérias de grandes portais e sempre cheque a informação em outros locais, de preferência em órgãos do governo.

Qualquer suspeita de que você esteja com coronavírus, vá a um hospital. Também é importante se prevenir, lavando bem as mãos, evitando locais fechados com grande aglomeração e tendo uma dieta balanceada.

Por fim, não deixe de estudar sobre o tema, pois esse é um assunto global e provavelmente vai cair em várias provas!

Carlos Rocha
Redator
Jornalista formado (UFG), atualmente redator no site Concursos no Brasil. Foi roteirista do Canal Fatos Desconhecidos (YouTube) por um ano e meio. Produziu conteúdo de podcast para o Deezer. Fez parte da Rádio Universitária (870AM) por três anos e meio como apresentador no Programa Fanático e como repórter, narrador e comentarista da Equipe Doutores da Bola. Fã de futebol, NFL e ouvinte de podcast.

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