Dicas de preparação para o Teste de Aptidão Física

Os candidatos não podem descuidar da preparação prévia para essa etapa

Imagina o quanto deve ser frustrante para aqueles que conseguem aprovação nas provas objetivas de concursos para a área de segurança pública (polícias em geral) acabarem sendo reprovados no Teste de Aptidão Física (TAF)? Esta foi a sensação vivida pelo contador Anderson Gomes, que em 2003 obteve uma ótima classificação na Polícia Rodoviária Federal (PRF), mas não assumiu o cargo por ter perdido nas avaliações físicas.

Anderson concorda que para atuar em corporações como a PRF é preciso estar com um bom condicionamento físico ("em forma"), julgando mais do que necessária a realização dessa etapa no concurso. Porém, ele confessa que não há como se ver livre da tristeza de ver tanto estudo se esvair em apenas uma circunstância. "Consegui um ótimo rendimento em todas as provas e vi todo um trabalho se acabando por não ter ido bem fisicamente. Fiquei sentido, mas conformado, pelo fato de ser a regra".

O teste que tirou o contador da vaga sonhada para policial rodoviário federal era composto por uma corrida de 12 minutos, flexão de braços, abdominais e em alguns casos o teste com a barra fixa e o salto horizontal estático, podendo ter ainda natação e avaliação de tiro ao alvo.

Centenas de candidatos (mulheres ou homens) muitas vezes até subestimam a importância do TAF durante a participação em um concurso que o exige. Há, inclusive uma demanda por um conteúdo (teórico e, principalmente prático) voltado para essa fase dos certames policiais dentro dos próprios cursinhos preparatórios. A diretora de uma dessas escolas na Bahia, Oilza Gomes, confirma que nenhum curso tem uma disciplina que prepare o candidato para esta etapa, pelo menos na região em que ela atua, uma vez que compete a estas unidades de ensino apenas preparar para o conteúdo das provas. Oilza aconselha para os candidatos que realizem esses treinamentos paralelamente aos estudos do conteúdo programático convencional. Uma boa alternativa é o ingresso em uma academia com um instrutor experiente no ramo. "O candidato deve compreender que a concorrência em um concurso também se estende ao teste físico, exigindo que ele seja tão bom tanto nesta etapa quanto nas provas objetivas", salientou.

O caso do auxiliar administrativo Rafael Fernando Santos é muito parecido com o de Anderson Gomes. Ele fez o concurso para a Polícia Militar da Bahia em 2008 e alcançou a 425ª colocação, o que significou que atingiu um nível de aprovação, mas ao final não rendeu o suficiente para ser aprovado efetivamente. Embora tivesse alcançado a meta de correr 2.400 metros em 12 minutos, foi no teste de barras e abdominais que viu a sua chance de trabalhar na PM indo embora. Ele avalia que dedicou pouquíssimo tempo de preparo para as avaliações físicas, assumindo que deveria ter investido em um apoio técnico para o preparo físico. "O candidato deve treinar para esta etapa o quanto antes. É um erro deixar o preparo físico para a última hora, atitude como estas só acaba mesmo em reprovação", avaliou. Só para lembrar, dentro de alguns meses os novos candidatos a soldado da PMBA passarão pelo TAF, portanto, não devem perder tempo!

Policial civil há 8 anos, Rogério Cerqueira disse não ter enfrentado dificuldades nos testes de natação, tiro ao alvo e na corrida dos 400 metros aos quais foi submetido no concurso de que participou. Ele afirma que, tão logo concluiu a etapa de provas (julgando que havia sido bem sucedido nas mesmas), começou a se programar para os treinos em academias da cidade onde mora. Ao final, o resultado foi a sua convocação para o cargo de agente. "Não tem jeito, tem que se preparar mesmo. Tem que suar a camisa".  

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